A psicologia fenomenológica existencial faz parte da chamada psicologia humanista e fundamenta-se na filosofia existencial e fenomenologia husserliana. A filosofia existencial trata da existência humana e considera que primeiro o ser humano existe para depois definir sua essência, o que é feito através de seus atos. Já a fenomenologia é um método de investigação, de conhecimento do psiquismo.

Nesta linha da psicologia, o homem é visto como um sujeito no mundo, arquiteto de sua própria existência. É um ser livre para escolher (não há como não escolher) e responsável por tudo que faz. Este processo contínuo de escolhas é fonte de suas angústias.

O homem se desenvolve em interação permanente com este mundo. É neste encontro que o homem projeta e constrói sua história, seu cotidiano e seu passado, que o ajudam a torná-lo o que é.

O processo psicoterapêutico vai se ocupar com o modo que o homem estabelece vínculos no mundo e como vivencia e traz significado à sua existência.
Através da fenomenologia, o psicoterapeuta vai suspender juízos, valores e idéias pré-concebidas e analisar as vivências do indivíduo (o que é relatado nas sessões), tendo como objetivo desvendar os fenômenos implícitos nas relações que o homem vive no seu cotidiano.

Para a psicologia fenomenológica existencial não é o mundo que existe, mas sim o modo como o conhecimento do mundo se realiza para cada pessoa. Assim, a tarefa do psicoterapeuta é analisar as diferentes formas do homem se vincular com este mundo, refletindo sobre sua história e o modo de realizar escolhas, visando o auto-conhecimento e transformação.